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Como organizar um caminho de evolução com assertividade?

Evoluir implica sempre um processo, nunca um passe de mágica. Esse tema nos remete à teoria de Darwin, que definiu evolução como “descender com modificações” baseado na ideia de que as espécies mudam ao longo do tempo, dão origem a novas espécies e compartilham um ancestral comum. Se a nossa humanidade é definida pelo fato de estarmos evoluindo constantemente, o mesmo vale para qualquer aspecto da vida que for observado. 

Certamente ainda vamos viver um tempo em que a convivência entre humanos e robôs será corriqueira nos ambientes de trabalho, até mesmo em nossas casas. De certa forma, já convivemos com a Inteligência Artificial e ela está presente em mais interações do que podemos imaginar, ampliando as demandas por conhecimentos de tecnologia. Apesar disso, ainda é grande a valorização das habilidades emocionais inerentes ao ser humano, isto é, de skills que facilitem os relacionamentos e promovam a colaboração entre os times. 

A evolução profissional passa necessariamente por nossa evolução como seres humanos. Claro que todo mundo gostaria de ter a tal fórmula mágica para desenvolver novas habilidades de forma rápida, com mais assertividade e menos riscos. O caminho possível nunca é imediatista, até porque a inovação de tecnologias, processos e modelos de gestão, bem como as novas exigências da sociedade, implicam aprendizado constante em muitas frentes. 

Sabe aquela preguiça de acordar cedo e ir para academia, ou mesmo para uma caminhada? Pois é, ela também atrapalha os planos de crescimento profissional de muita gente. Mas, se o personal trainner o aguarda com hora marcada, você se levanta e vai, não é mesmo?  Então, quem sabe um grupo de estudos com objetivos em comum ou até mesmo um mentor qualificado possam oferecer a inspiração que falta para tirar os planos do mundo imaginário? Quando você decide começar e traça um plano de evolução, o aprendizado pode se tornar um hábito do cotidiano, assim como correr ou malhar. 

Aquela ideia de ter um diploma – ou mais de um – que vale para a vida toda e uma carreira linear na mesma organização foi praticamente extinguida pelas novas demandas, tanto da vida profissional quanto da pessoal. Mas, parece que esqueceram de avisar ao cérebro, que continua programado para adquirir novos conhecimentos e habilidades com muito mais facilidade quando somos crianças. 

Não desanime! O neurocientista  Andrew Huberman, da Stanford University, acredita ser possível forçar o cérebro adulto ao aprendizado, mesmo reconhecendo que a química cerebral  torna esse processo muito mais desafiador com o passar dos anos. Segundo Huberman,  em se tratando de adultos, o aprendizado significativo requer duas etapas:

1ª Fique desconfortavelmente focado.  

Para mudar o cérebro em idade adulta, você vai precisar de um alto nível de foco e engajamento. Esse nível de concentração é inevitavelmente desconfortável pois, para sinalizar ao cérebro que algo vale a pena ser aprendido nessa etapa da vida, seu corpo libera adrenalina, fazendo com que se sinta agitado. A maioria das pessoas desiste nesse ponto, mas se você realmente quiser mudar o seu cérebro e aprender algo novo, deve persistir.

Descanse profundamente. 

Depois de superar o desconforto inicial para adquirir uma nova habilidade, você estará apenas na metade do processo de aprendizagem de adultos. Para consolidar esses ganhos, seu cérebro precisa liberar outra substância química, a acetilcolina. E para que isso aconteça, você precisa de um verdadeiro descanso. Muitas das mudanças nessas estruturas cerebrais ocorrem durante o sono profundo. Mas, elas podem acontecer também em cochilos, sono superficial ou mesmo nos períodos em que descomprimimos deliberadamente, ou seja, quando não nos concentramos em alguma coisa em particular.

Muita gente reclama da rotina, porém, nesse caso, ter uma agenda definida com horários destinados ao aprendizado intercalados com pausas para lazer e descanso pode ajudar e muito. Portanto, elabore um plano com objetivos, conteúdos e temas, procure indicações de cursos rápidos, siga líderes inspiradores, leia livros e artigos. Tenha foco, mas aproveite cada oportunidade de rever seu mindset, abrindo o leque para outros temas que podem contribuir para um olhar inovador. 

A internet é um mar sem fim de oportunidades, mas você precisa aprender a selecionar os conteúdos, conectando-se com as pessoas que são referência nas áreas em que você busca se desenvolver.   Assim, você pode descobrir os melhores podcasts, palestras do TED, eventos importantes e até mesmo entrar nas conversas mais interessantes do Club House. 

A possibilidade de trocar ideias em um aplicativo de conversas me parece bem interessante pois nos ajuda a refletir sobre temas importantes. Além disso, ela é sempre um aprendizado enriquecedor. Não apenas para o conhecimento, mas também para o exercício de ouvir o outro, debater e chegar a novas conclusões que talvez não ocorressem a quem aprende sozinho. 

Então, que tal definir um espaço na sua agenda para tudo isso? Esta sim é uma forma assertiva de traçar um caminho para a evolução, lembrando de novo que a estrada do aprendizado não tem fim. Por isso mesmo, você precisa se preparar e se organizar para inserir a busca do conhecimento como atividade permanente.  Vamos juntos?